domingo, 25 de novembro de 2007

Motivos para não aderir á TV Digital, por enquanto...

Programação - Não haverá inovação alguma na sua forma de ver TV. Nem em Dezembro, nem nos longos próximos meses seguintes. O usuário que quiser se atualizar com a nova “tecnologia” irá pagar para trocar o 6 por 1/2 dúzia. Irá comprar para assistir á algo que ele assiste de graça. Sua grade de programação será a mesma naquele seu televisor de 1980, sem nenhum detalhe a mais. A multiprogramação, com dois programas ou mais sendo transmitidos no mesmo canal não será uma realidade para o brasileiro - multiprogramação não é uma intenção das emissoras, visto que não há forma de patrocínio /publicidade que sustente tal finalidade. Como disse Fernando Bittencourt, diretor de engenharia da Tv Globo, “nós não temos duas Casas Bahia”.

Imagem - Sua imagem não irá mudar: a menos que você compre um caro televisor de Alta Definição, a qualidade da imagem na sua TV só estará mais limpa. O que quer dizer que, pra maior parte da população, o usuário pagaria centenas de reais para ter o equivalente a apenas uma anteninha melhor. O sinal da TV Digital é mais robusto, mais forte, sim. Ou ele pega ou não pega. Mas, não espere uma melhoria espantosa na qualidade da imagem, a menos que você assista á conteúdo em HDTV. Por falar nisso…

Alta Definição (HDTV) - O abastado cidadão que se dispor á comprar os equipamentos necessários, que significa dizer um televisor digital caro e mais o receptor preparado para Alta Definição - que não é o mesmo “baratinho” de R$ 700 que pretendem colocar no mercado “popular” -, pagará, pelo menos uns R$ 5.000 para assistir á novela das 8 e alguns jogos de futebol - de acordo com os planos de HDTV da maior emissora do país. Serão milhares de reais gastos pra ver uma programação escassa, com pouquíssimas horas de transmissão em alta definição.

Interatividade - Você quer comprar um decodificador que estão prometendo lançarem no mercado, com preços iniciais de R$ 700 para não ter HDTV, multiprogramação, interatividade e nem guia de programação? Pois é isto que acontecerá inicialmente. Para se ter recursos de interatividade, o receptor que será vendido por essa bagatela não terá, inicialmente, o software necessário para codificação e decodificação das informações interativas. O software chamado de GINGA, é um software nacional, desenvolvido em parceria entre o Governo Federal e universidades brasileiras, porém, seu uso pleno nos receptores ainda não foi testado.

Mobilidade - Você sonha em assistir á tv na liberdade de seus passos, através da telinha micro do seu celular? Então espere a queda de braço entre o Governo e as operadoras de telefonia móvel. Enquanto o Governo sonha com as promessas (que nunca deixam de ser promessas…) as operadoras brigam com unhas e dentes por essa fatia do bolo: os dividendos dos tráfegos de dados gerados pela vizualisação de vídeos nas suas redes. O que a tecnologia adotada pelo Brasil permite é que se assista á programação de tv nos celulares gratuitamente, fora do uso das redes de celular, com alterações de hardware feitas de fábricas. Porém, com os aparelhos hoje sendo mais das operadoras do que das montadoras (Nokia, Samsung, etc), quem decide o que oferecerá o celular? Elas, as comedoras dos preciosos reais por minuto. “Porque de graça se nós podemos cobrar por isso?”, pensam as cabeças controladoras dessas companhias

Preço - Nem preciso dizer mais né? Os decodificadores que os fabricantes prometem colocar no mercado á tempo para o início das transmissões custarão por volta de R$ 700 sem recurso algum, nem interatividade, nem HDTV. Aos usuários que quiserem pagar por conteúdo em alta definição desembolsarão algo em torno de R$ 1.000 pra ver o que eu já disse: uma média de 2 horas/dia de programação. Se o Governo conseguir colocar no mercado os receptores com valores em torno de R$ 200, segundo os fabricantes, isso só será possível com utilização de hardware e sinal voltado para a recepção móvel da TV Digital, os chamados 1-SEG, e que terá, veja bem, metade da resolução da atual tv analógica.

Sinceramente, não poder ver nem o que está passando na tela, como nome do programa e sinopse, pra mim, não vale o meu dinheiro nem a minha paciência. Na melhor das hipóteses, o sujeito que pagar os milhares de reais necessários para se tirar o melhor proveito da tecnologia, levará pra casa um elefante branco capaz de proporcionar apenas 2 horas de conteúdo em HDTV, a única promessa a ser cumprida com o início das transmissões. Na pior das hipóteses, o cidadão comum desembolsará uma quantia equivalente a 2 salários mínimos pra pagar o imposto mais caro para se assistir á televisão aberta e gratuita que esse país já viu, sem com isso levar nada em troca. Detalhe: esse decodificador de sinal digital é feito justamente pra receber o sinal e adaptá-lo á resolução do seu aparelho televisor, o que quer dizer que invariavelmente você estará sujeito à qualidade de imagem oferecida pela sua telinha.

Em defesa da democratização da mídia no país


Em defesa da democratização da mídia no Brasil, varios estudiosos, professores, estudantes, profissionais, políticos e militantes da sociedade civil se reuniram em Salvador nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2007 no Fórum Internacional: Mídia, Poder e Democracia. O resultadoi desse congresso deu origem a um documento que critica o caráter concentrador e antidemocrático da mídia no Brasil.

Para ver na íntegra os pontos defendidos no documento acesse o link para o site do FNDC no título desse post.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

TV digital estréia dia 2 de dezembro

A TV digital entrará na vida dos brasileiros no dia 2 de dezembro. O primeiro contato com essa tecnologia será feito pelos paulistas às 20h do dia 2 do próximo mês. As redes de TV de São Paulo, entre elas Globo, Record, Bandeirantes, SBT e Gazeta, exibirão, ao mesmo tempo, um programa explicando o que é a TV digital e que benefícios ela trará ao país. O novo sistema tem maior qualidade de imagem e som e , além disso, possibilita a recepção do sinal digital em aparelhos portáteis e em movimento.

Os sinais digitais, que já estão em teste na capital paulista, serão lançados inicialmente na região metropolitana de São Paulo, mas pelo cronograma do governo chegarão a Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro em julho do próximo ano. Em 2009, será a vez das demais capitais dos Estados e grandes cidades do país.

Vale lembrar que a implantação da TV Digital não será acompanhada da abolição da transmissão dos sinais analógicos. Pelo decreto presidencial que criou o Sistema Brasileiro de TV Digital, de junho de 2006, os sinais analógicos continuarão sendo transmitidos, simultaneamente aos sinais digitais, até 2016. Este mesmo decreto definiu que, no Brasil, será usado o padrão japonês com evoluções tecnológicas desenvolvidas por pesquisadores brasileiros.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007



Organizado pelo canal de acesso público coreano RTV, por ocasião de seus cinco anos, o Seminário “Community media and their challenges ahead: expanding diversity and encouraging public participation across the media barriers” foi realizado nos dias 30 e 31 de outubro de 2007 em Seul e contou com a presença de integrantes de alguns dos mais representativos canais de acesso público e produtoras de mídia comunitária do mundo: como o Free Speech TV e o Deep Dish, dos Estados Unidos; o Vive TV, da Venezuela e o anfitrião RTV, da Coréia, além de terem sido convidados ativistas, pesquisadores e professores da área de Comunicação Comunitária, de países distintos como Austrália, Tailândia, Inglaterra e Brasil.
Como representante brasileiro convidado a participar do evento, apresentei o artigo “Communication policy-making processes and community media challenges: a brazilian perspective”, que abordou a situação brasileira mais recente de configuração da sociedade civil diante do processo regulatório de temas distintos como a digitalização das comunicações, os canais comunitários de TV a Cabo e as rádios comunitárias, bem como a própria relação com instâncias institucionais no âmbito do Estado, do parlamento e dos partidos políticos que os sustentam, bem como na articulação dos movimentos sociais para pautar as diversas questões relacionadas ao campo comunicacional.
O seminário contou também com uma mostra de vídeos das diversas produtoras e possibilitou, a despeito das dificuldades com distintos idiomas, a compreensão de que a luta pela afirmação do direito humano à comunicação é constituída de uma base comum que se consolida e fortalece cada vez mais, prometendo novas e enriquecedoras iniciativas.

Adilson Cabral - Professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense que parcicipou do Seminário.

terça-feira, 13 de novembro de 2007



O livro "A nova mídia" é uma interessante leitura que estimula a reflexão sobre as mudanças na "mídia atual". Ele apresenta as últimas novidades do mundo virtual (avanços da Internet, fusões entre megaempresas, etc.) e faz uma projeção do que está por vir. Ao longo do livro o autor expõem exemplos que mostram o que vem mudando nas diferentes formas da mídia tradicional e como isso afetará a vida dos profissionais da comunicação.


Wilson Dizard Junior, membro do Center for Strategic and International Studies, de Washington, e professor da Georgetown University, também não deixa de considerar as implicações políticas e econômicas que as mudanças nos padrões das comunicações de massa acarretam. Um utilíssimo glossário com o jargão e os termos criados por essa nova revolução industrial complementa o volume.


Henfim , o livro é uma boa pedida para quem gosta de ler sobre as vertiginosas mudanças por que passa a comunicação de massa nos dias atuais.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Quer saber mais sobre o cenario atual da midia do Brasil e do mundo?


Acesse o site www.fndc.org.br e confira o Clipping FNDC com notícias sobre o cenário atual da mídia no Brasil e do mundo. O site é uma compilação das principais notícias sobre comunicação, dos principais jornais e revistas impressos/eletrônicos, comerciais ou não.

Para refletir sobre a televisão que nós vamos fazer, precisamos estar informados. Então, sempre que possível, leia e preste atenção na mídia. Informação é a base de tudo.


A produção do programa TV 2.0 vem por meio desse comunicado fazer um pedido de desculpas ao nosso público, pois, na quinta-feira passada (dia 1 de novembro), devido à problemas técnicos não pudemos exibir o nosso primeiro episódio. Felizmente os problemas, já foram solucionados e essa semana o programa TV 2.0 entra na sua televisão trazendo discussões e informações sobre a mídia dos dias atuais e do futuro.

Estão todos convidados a ligar a sua televisão no canal 16 da NET essa quinta, dia 8 de novembro, às 19 horas e conferir nossos quadros cheios de informação e entrevistas interessantes. Venha pensar conosco a TV que você vai fazer.

Atenciosamente
Equipe do programa TV 2.0 - A TV que você vai fazer